A agricultura é uma das atividades mais importantes para a economia de um país. A melhoria das técnicas da produção e das condições humanas do agricultor constituem uma das constantes preocupações dos governos.
1. Lavoura ou cultivo da terra.
2. Arte de cultivar a terra.
3. Exploração do solo com o objetivo de produzir vegetais úteis, principalmente alimentos. O maior rendimento das terras encontra-se intimamente relacionado às características do solo (estrutura, textura, conteúdo em substâncias minerais, húmus e microorganismos), ao nível de água subterrânea, ao clima (temperatura, precipitações, vento) e ao cultivo de plantas que melhor se adaptem a essas características.
As condições climáticas só podem melhorar em circunstâncias especiais, como, por exemplo, mediante irrigação artificial ou proteção contra agentes adversos; por outro lado, as características do solo podem ser melhoradas em maior medida, como mediante o uso de adubos, corretores ou drenagem (fertilização do solo).
Em virtude da crescente densidade da população, são cada vez mais importantes as medidas para conseguir o aumento dos rendimentos por meio do controle das condições climáticas e do solo.
Importantes nesse sentido têm sido as práticas de cultivo em estufas e a luta contra ervas e animais daninhos, assim como a mecanização das tarefas agrícolas, a seleção de sementes e plantas, o uso maior e mais racional dos fertilizantes, tanto químicos quanto naturais, a divulgação dos conhecimentos científicos aplicáveis ao cultivo da terra e a melhoria das condições do gado de produção, assim como os novos sistemas de alimentação e higiene.
Segundo a produção obtida e o sis tema de cultivo empregado, existem diversas especialidades: cerealistas, horticultores, vinicultores, de pastos, de obtenção de plantas para a transformação, etc.
Atualmente considera-se a unidade de exploração agrícola como uma empresa econômica. A agronomia e a zootecnia estão na base teórico-científica da agricultura.
História da Agricultura.
Junto com a caça, os trabalhos agrícolas foram uma das primeiras atividades a que se dedicou o homem, apesar de todas as limitações e das condições de produção primitivas, subordinadas completamente aos fenômenos naturais. No início, a agricultura foi de tipo itinerante: o homem coletor limitava-se a aproveitar os frutos que a terra gerava nos terrenos onde as tribos nômades apascentavam seus rebanhos, até que, esgotadas as possibilidades do solo, a tribo emigrava para zonas inexploradas.
As origens do aproveitamento do solo como atividade econômica organizada coincidem com as fundações das primeiras cidades pelos povos arianos, que, nos terrenos próximos àquelas, praticaram a agricultura intensiva, utilizando rudimentares enxadas de lavoura e adubos orgânicos.
Os grandes agricultores da Antiguidade foram os egípcios, que obtinham grandes colheitas, em especial de trigo, graças às inundações periódicas do Nilo, que forneciam fertilizantes e água em abundância. Outra região cerealista de destacada importância foi, no Oriente, a Mesopotâmia, banhada pelo Tigre e pelo Eufrates, rios que se uniam por um canal artificial. Na Pérsia, na China e na Índia, as atividades agrícolas gozaram de especial proteção, o que permitia obter excelentes colheitas, imprescindíveis para assegurar o sustento de uma população cuja alimentação compunha-se a basicamente de produtos vegetais.
A Grécia clássica nunca se destacou por sua alta produção agrícola, fenômeno que resultava da escassa fertilidade do solo e das inadequadas técnicas agrícolas empregadas pelos gregos (que as haviam assimilado dos egípcios).
Em Roma, a produção agrícola constituía a principal fonte de riqueza pública, mas, em geral, os rendimentos não eram demasiado bons, porque a metrópole costumava impor às regiões conquistadas o pagamento de tributos em grãos. No entanto, com o objetivo de aumentar a produtividade do solo, os romanos impulsionaram os estudos relacionados à agricultura (botânica aplicada, horticultura, arboricultura etc.) e aperfeiçoaram o arado (arado romano, que perdurou até a Idade Moderna e se emprega ainda em algumas regiões de menor desenvolvimento). Na América pré-colombiana, a agricultura esteve muito adiantada, e desde épocas remotas os indígenas construíram terraços agrícolas e canais de irrigação.
Na Espanha, depois da queda do Império Romano, os árabes deram um grande impulso à agricultura, assim como as comunidades monásticas do restante do continente. Mais tarde, e durante muitos séculos, a arte de cultivar a terra permaneceu estagnada nos costumes e práticas tradicionais, situação que não mudou até fins do séc. MX, época em que a profunda evolução das condições sociais converteu a agricultura e tudo que a ela se relacionava em um problema sociológico.
Já em nossos dias, a agricultura requer a cooperação de ciências muito diversas, tanto teóricas quanto aplicadas, o que se deve, de um lado, às novas formas de entender a agricultura como um todo e, por outro, a uma acumulação de fatores que caracterizam nosso tempo e cuja repercussão na agricultura tem sido, e é, manifesta: a renovação do conceito de propriedade, com inovações como o cooperativismo e o coletivismo agrário; a rapidez e facilidade dos avanços mecânicos, técnicos, industriais e científicos de toda ordem; o despovoamento do campo nas zonas industrializadas; a racionalização dos cultivos; o dirigismo estatal, direcionado para evitar excedentes; a redistribuição agrária; a colonização de novas terras, etc.
Alguns tipos de Agricultura
a. biológica. Aquela que não utiliza produtos químicos. Essa forma de cultivo se desenvolveu como reação à utilização abusiva de fertilizantes químicos, pesticidas e outros biocidas na agricultura dos países industrializados
a. de subsistência. Produção agrícola voltada ao consumo do próprio produtor.
a. ecológica. Sistema de produção agrícola baseado na concepção e estudo do terreno como um ecossistema, chamado agrossistema, com o fim de conseguir o máximo de autosuficiência. Seu objetivo é conseguir uma agricultura equilibrada entre entradas e saídas, que resulte em um ciclo fechado entre os animais, seu alimento, o alimento para a população e o adubo que se deve reintegrar à terra.