Se você é de Direita e faz Curso de Humanas em Universidades Públicas já deve ter tido problemas para argumentar ou fazer uma prova e agradar os professores.
Ah, a vida de um estudante de direita na universidade pública federal brasileira, especialmente em cursos de humanas. Imagine a ironia: você paga impostos para financiar uma instituição onde é obrigado a regurgitar ideias que abomina, só para não ser jogado aos lobos acadêmicos e poder concluir seu curso.
É de Direita e faz Curso de Humanas? Se prepare para:
- Cultura Acadêmica ou Doutrinação?: Em muitos departamentos de ciências humanas, temos o privilégio de testemunhar o monopólio do pensamento único. Qualquer coisa fora do dogma dominante é rapidamente etiquetada como heresia. E a diversidade de pensamento? Ah, essa é só uma palavrinha bonita para a fachada.
- Pressão Social e Política: As ciências humanas frequentemente envolvem discussões sobre temas sociais e políticos, onde opiniões divergentes podem ser vistas como ameaças às convicções ideológicas predominantes. Em alguns casos, pode haver uma pressão implícita ou explícita para alinhar-se com essas convicções para evitar conflitos ou marginalização.
- Métodos de Avaliação ou Teste de Fidelidade?: Não basta entender as teorias predominantes – você deve venerá-las. Sim, há uma diferença sutil, mas crucial, entre saber articular uma teoria e ser forçado a engoli-la para passar de ano. E se você discordar, guarde para si ou aprenda a mentir bem.
- Debate Contraditório? Aqui, o contraditório é o grande ausente. Debates? Só se todos concordarem previamente. Qualquer coisa que cheire a dissidência é rapidamente varrida para debaixo do tapete. Afinal, proteger as mentes frágeis do desconforto de um argumento contrário é prioridade.
- Polarização Política: Ah, a bela polarização. A universidade, um bastião de pensamento crítico, virou uma trincheira ideológica. Se você não está na linha certa do pensamento, é melhor se preparar para a guerrilha intelectual diária.
É de Direita e faz Curso de Humanas? Eis algumas sugestões:
Com base nisso, que tal promover uma verdadeira diversidade de pensamento, onde ideias podem ser debatidas sem medo de represálias? Ou então ensinar os estudantes a arte perdida do debate civilizado, onde discordar não é crime, mas uma oportunidade de crescimento? E, quem sabe, políticas institucionais que protejam a liberdade acadêmica de verdade, e não só no papel?
- Nas conversas Incite a Diversidade de Pensamento: Incentivar um ambiente onde diferentes perspectivas possam ser expressas de maneira respeitosa e fundamentada é o ideal. Se você defende uma ideologia de direita vai ter que estudar duas vezes mais para mostrar a seus colegas as verdades que não são debatidas em sala de aula. Para isso terá que usar a literatura de esquerda para mostrar as contradições e a hipocrisia que esse sistema insite em perpertuar.
- Aprender Técnicas de Debate: Ensinar e praticar habilidades de debate que permitam a discussão de ideias divergentes de maneira construtiva, respeitosa mas sobretudo firmes e enfaticas.
- Usar as Políticas Institucionais da Instituição: As universidades já possuem em seus estatutos políticas que promovam a liberdade acadêmica e protejam a expressão de diferentes pontos de vista, que são propositadamente esquecidas. Estudar essas “leis internas” pode ser uma ferramenta poderosa.
Enfim, estudantes de direita, mantenham seus escudos levantados e suas ideias afiadas – e não se esqueçam de carregar uma boa dose de sarcasmo para sobreviver à batalha diária que é ser um pensador independente na academia brasileira